ASN Nacional
Compartilhe

Crédito consciente: a jornada de um MEI que transformou sua loja de estética automotiva

A história do microempreendedor individual Jackson da Silva mostra que é possível buscar empréstimo de forma responsável. Sebrae orienta empreendedores a entenderem o que cabe no orçamento
Por Cibele Maciel
ASN Nacional
Compartilhe

O crédito pode ser um aliado estratégico para o crescimento a e sustentabilidade do pequeno negócio, mas antes de tomar qualquer decisão, o microempreendedor empreendedor (MEI) precisa entender a real necessidade do empréstimo e analisar se a parcela cabe no seu orçamento. Caso contrário, o que seria solução pode se tornar um problema, gerando dívidas desnecessárias que podem comprometer o futuro do negócio.

O Sebrae recomenda que somente após realizar um diagnóstico financeiro e definir bem os objetivos do uso do crédito, o empreendedor escolha a linha de crédito que mais se adequa ao seu perfil. O empreendedor pode contar com auxílio da Planejadora Financeira Empresarial do Sebrae nesta tarefa. A ferramenta é on-line e gratuita. Com ela, é possível fazer a análise da saúde financeira da empresa e ao final, indica as linhas de crédito disponíveis no mercado.

Às vezes, a falta de dinheiro é resultado de problemas no fluxo de caixa, precificação incorreta ou despesas mal controladas. Nesses casos, o crédito pode ser um problema.

André Dantas, analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae Nacional.

Apesar de o crédito ser fundamental para os pequenos negócios, muitos MEIs ainda encontram obstáculos para obter o às linhas de financiamento. Dados do último Boletim de Sondagem Econômica, divulgado pelo Sebrae junto com a Fundação Getulio Vargas (FGV), aponta que, em média, 66,6% dos MEIs consideram o o ao crédito difícil. Para os microempreendedores nordestinos, esse percentual sobe para 73,5%, enquanto que, para os do Sudeste, esse número é de 65,4%.

Jackson trocou o emprego de marmorista para abrir a loja “Pronto pro Rolê”. Foto: Arquivo pessoal. 

Pronto pro Rolê: ele usou o crédito para turbinar o negócio

No município de Arapoti (PR), o microempreendedor individual Jackson da Silva se dedica ao seu negócio na área de estética automotiva com polimento técnico e higienização de veículos, entre outros serviços. A loja “Pronto pro Rolê” funciona há seis anos, quando o empresário resolveu abandonar o ofício de marmorista para empreender pela primeira vez.

“Eu ganhava pouco na época e minha filha tinha acabado de nascer. Então, resolvi empreender. Sempre cuidei muito bem dos meus carros e de outros familiares. Assim, comecei na garagem da minha casa”, relembra. Ao procurar a Sala do Empreendedor do município, ele recebeu orientações para ar o microcrédito no valor de R$ 5 mil. Com o negócio crescendo, fez um segundo empréstimo no valor de R$ 10 mil.

Encontrei um espaço maior, perto da minha casa, onde trabalho até hoje. Comprei equipamentos e consigo atender clientes da minha cidade e de outros seis municípios vizinhos.

Jackson da Silva, empreendedor.

Jornada de crédito

Existem diversas alternativas no mercado, entre elas, o Programa Acredita, iniciativa do governo federal que conta com apoio do Sebrae para orientar o microempreendedor na obtenção do crédito da forma mais segura e planejada.

Além de disponibilizar soluções digitais para ajudar no planejamento financeiro e na busca pelas linhas de crédito disponíveis no mercado, o Sebrae pode ser avalista de até 80% do valor total do empréstimo, por meio do Fundo de Aval para Micro e Pequenas Empresas (Fampe), em instituições financeiras parceiras.

Outras iniciativas de o a crédito

Cooperativas de crédito

Sicoob, Sicredi, Cresol, entre outras, também são uma opção para os microempreendedores individuais. Elas funcionam de forma associativa e oferecem condições diferenciadas, com atendimento personalizado, menos burocracia e participação nos resultados da cooperativa, como associado.

Bancos públicos

A Caixa Econômica e o Banco do Brasil, por exemplo, oferecem linhas específicas para MEI, muitas vezes ligadas a programas do governo. Entre as vantagens, eles oferecem taxas competitivas, especialmente em linhas subsidiadas, rede ampla de atendimento e maior segurança percebida. Por outro lado, não aceitam garantias do FAMPE e exigem relacionamento prévio com a instituição financeira .

  • o a crédito
  • MICROCRÉDITO
  • Planejadora Sebrae