Os consumidores brasileiros estão mais otimistas em relação à sua situação financeira atual e às perspectivas econômicas futuras. Em maio, o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre) teve uma alta de 1,9 ponto e chegou em 86,7 pontos – terceiro crescimento consecutivo.
Para o coordenador de o a Crédito e Investimentos do Sebrae, Giovanni Beviláqua. Essa é uma boa notícia para os empresários, servindo como termômetro com pistas diretas sobre o interesse das famílias de consumir bens e serviços.
“Para os pequenos negócios, que dependem fortemente do consumo local e da demanda imediata, essa melhora na confiança tende a aumentar o fluxo de clientes e as vendas, especialmente no comércio e serviços, que são os setores predominantes nas micro e pequenas empresas”, justifica.
A confiança maior reduz o pessimismo e pode estimular o uso do crédito, ampliando o poder de compra mesmo diante de uma inflação ainda presente, porém controlada.
Giovanni Beviláqua, coordenador de o a Crédito e Investimentos do Sebrae.
O FGV Ibre também avaliou o Índice de Situação Atual (ISA), que demonstra a avaliação sobre o momento atual da economia, que registrou um crescimento de 2,9 pontos em maio, chegando a 84 pontos, além do Índice de Expectativas (IE), que também subiu 1 ponto. A alta na confiança dos consumidores ocorreu em todas as faixas de renda apuradas na sondagem, com destaque entre aqueles que recebem até R$ 2,1 mil.
“Esse dado sugere que o impacto positivo não está a consumidores de alta renda, mas alcança também os segmentos mais sensíveis e representativos do mercado nacional. Isso é relevante para os pequenos negócios, que atuam em nichos locais e com clientelas diversificadas”, observa Giovanni.
Portanto, a alta na confiança do consumidor sinaliza um ambiente mais favorável para o crescimento das vendas, ajudando a reverter as perdas recentes e a melhorar o desempenho financeiro desses empreendimentos.
Giovanni Beviláqua, coordenador do Sebrae.
De acordo com Giovanni Beviláqua, essa situação cria um ciclo virtuoso, em que consumidores mais confiantes compram mais, o que melhora o faturamento dos pequenos negócios, que por sua vez podem investir e gerar empregos, reforçando a economia local e a percepção positiva geral. “A alta na avaliação da situação atual é tanto um reflexo quanto um motor da melhora econômica nos níveis mais próximos do consumidor final, onde os pequenos negócios têm papel central”, reforça.

Dicas
O Sebrae aponta estratégias que podem contribuir para o aumento no faturamento em um cenário com melhor projeção de negócios.
1) Atendimento
É fundamental investir em atendimento personalizado e na experiência do cliente, pois consumidores mais confiantes tendem a valorizar a qualidade do serviço e o relacionamento direto, o que pode fidelizar a clientela local.
2) Produtos ofertados
É recomendável ampliar o mix de produtos e serviços, especialmente aqueles que atendem às necessidades emergentes das famílias, como bens duráveis e itens de consumo recorrente, o que pode representar uma oportunidade para promoções e ofertas específicas.
3) Gestão financeira
A gestão eficiente do fluxo de caixa e o controle rigoroso dos custos são muito importantes para garantir competitividade e sustentabilidade diante do cenário econômico ainda incerto.
4) Mercado Digital
Aproveitar canais digitais para ampliar o alcance e facilitar o o dos consumidores aos produtos pode ser um diferencial, considerando que a confiança crescente pode estimular compras on-line e presenciais.
5) Atenção à economia
Os pequenos negócios devem monitorar constantemente os indicadores econômicos e de confiança, ajustando suas estratégias conforme as mudanças nas expectativas dos consumidores, para antecipar tendências e responder rapidamente às demandas do mercado.