Os jovens brasileiros estão empreendendo mais e ganhando mais por isso. É o que aponta um estudo do Sebrae que, desde 2012, analisa dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADc). De acordo com o levantamento, no período de 12 anos, o empreendedorismo entre o público com idade de 18 a 29 anos cresceu 25% e o faturamento dos negócios liderados por eles alcançou, em 2024, o melhor resultado da série histórica. 4aa2r
O levantamento mostra que, em 2012, havia cerca de 3,9 milhões de jovens Donos de Negócio (DN) – já no fim de 2024, eles chegaram a 4,9 milhões. Ainda segundo o Sebrae, apesar de receberem uma remuneração 31% menor que a registrada pelos adultos Donos de Negócios e 27% menor que os DN Seniores, os jovens viram essa desigualdade cair graças ao crescimento da sua remuneração, o que tem acontecido em ritmo acelerado desde 2021. O rendimento médio dos jovens DN, em 2024, foi de R$ 2.567, contra o rendimento Total dos Donos de Negócio, que foi de R$ 3.477.
O presidente do Sebrae, Décio Lima, acredita que os resultados apontados pela pesquisa confirmam o acerto das medidas do governo do presidente Lula e do vice Geraldo Alckmin na condução da economia.
Os jovens cada vez mais almejam construir uma carreira independente, fora das amarras dos empregos convencionais, e buscam no empreendedorismo a realização desse sonho. Com uma economia estável, eles se sentem mais seguros para fazer esse investimento e apostar no futuro.
Décio Lima, presidente do Sebrae Nacional.
Para Décio Lima, ainda existe espaço para a expansão dos jovens no contingente de empreendedores brasileiros, uma vez que os jovens representam cerca de 22% da População em Idade Ativa, mas têm uma participação de apenas 16% no universo de donos de negócios.
Perfil dos Jovens Empreendedores
Confira mais números da pesquisa:
O Brasil possui o segundo maior contingente do mundo de não empreendedores que desejam ser donos de negócio. Os chamados potenciais empreendedores – aqueles que ainda não empreendem, mas desejam ter um negócio em até três anos – chegam a quase 50% da população adulta (com 18 a 64 anos), ou seja, 47 milhões de indivíduos, resultado que coloca o país atrás apenas da Índia (com 163 milhões), mas que conta com uma população mais de seis vezes maior que a brasileira.
Os dados são da mais recente edição do Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2024), levantamento realizado pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (Anegepe).
A GEM sinaliza ainda que, pelo segundo ano consecutivo, “Fazer a diferença no mundo” é a principal motivação dos empreendedores iniciais brasileiros, ultraando “ganhar a vida porque os empregos são escassos” e “construir riqueza/renda muito alta”. Os empreendedores iniciais englobam aqueles nomeados como nascentes – que realizaram alguma ação visando um negócio próprio ou quem tem uma empresa com até três meses de operação – e os novos – com três meses a três anos e meio de operação.
Empreender é um sonho do brasileiro e a pesquisa deixa isso claro. A lógica do trabalho vem mudando ao longo dos anos. Hoje, as pessoas preferem ter o próprio negócio e não ficarem submetidos ao processo tradicional do trabalho. Para que este sonho ganhe terra firme é preciso que antes haja um leque de políticas-públicas, que permitam garantir sua sobrevivência.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
“O empreendedorismo e o Estado de bem-estar social possuem uma relação intrínseca. É graças à atuação do Estado, que o empreendedorismo pode se desenvolver, crescer e ganhar escala. É a cooperação entre o Estado e o setor privado que gera o desenvolvimento econômico do país. E a combinação de políticas governamentais eficazes aliadas ao empreendedorismo impulsiona o crescimento econômico e negócios prósperos”, complementa Décio.
O levantamento indica que ‘Ter seu próprio negócio’ continua em terceiro lugar como o sonho mais citado por 34% da população adulta, atrás apenas de ‘Comprar a casa própria’ e ‘Viajar pelo Brasil
O Monitor Global de Empreendedorismo (GEM, na sigla em inglês) é a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo. Realizada desde 1999, contabiliza a participação de mais de 120 países. No Brasil, para a edição de 2024, foram entrevistados 2 mil adultos e 58 especialistas.
A taxa de empreendedorismo no Brasil atingiu o maior patamar dos últimos quatro anos, saltando de 31,6% para 33,4% em 2024. De acordo com a mais recente edição do Monitor Global de Empreendedorismo (Global Entrepreneurship Monitor – GEM 2024), considerada a maior pesquisa de empreendedorismo do mundo e feita, no Brasil, pelo Sebrae em parceria com a Associação Nacional de Estudos e Pesquisas em Empreendedorismo (Anegepe), o país possui 47 milhões de brasileiros envolvidos com um negócio (incluindo os formais e informais).
Entre os fatores que favoreceram esse incremento está o aumento na Taxa de Empreendedores Estabelecidos, aqueles com mais de 3,5 anos de operação. Esse indicador saltou de 8,7%, em 2020, para 13,2% no ano ado. Com o resultado do ano ado, o Brasil avançou duas posições – da oitava para a sexta – no ranking de países com a maior Taxa de Empreendedores Estabelecidos, ultraando países como Reino Unido, Itália e Estados Unidos, por exemplo.
Isso se deve aos avanços da nossa economia que está no rumo certo. O empreendedorismo no Brasil só ganhou a importância que tem hoje porque o país teve um Presidente da República que criou um arcabouço de regulamentações e mecanismos protetivos, que construíram pilares para a edificação desses negócios em bases sólidas.
Décio Lima, presidente do Sebrae.
“Foi o presidente Lula quem criou o Simples Nacional, sancionou a Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, instituiu a figura jurídica do Microempreendedor Individual (MEI). Tudo isso, sem deixar de lado, as conquistas já consolidadas, como o Sebrae, uma das poucas instituições do mundo, na sua especificidade, voltada unicamente para apoiar os cerca de 95% dos negócios brasileiros, que estão na categoria, no país, de micro e pequenas empresas e MEI”, completa o presidente.
A pesquisa aponta ainda que, em 2024, aumentou a taxa de “Empreendedorismo Total”, que reúne também os empreendedores iniciais (com até 3,5 anos de atividade), ando de 30,1% para 33,4%. O Monitor Global de Empreendedorismo (GEM, na sigla em inglês) é a principal pesquisa sobre empreendedorismo no mundo. Realizada desde 1999, contabiliza a participação de mais de 120 países. No Brasil, para a edição de 2024, foram entrevistados 2 mil adultos e 58 especialistas.
]]>Os pequenos negócios são 97% do total de empresas do país, além de serem responsáveis por 26,5% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). Essas e outras informações levantadas pelo Sebrae, com apoio da Receita Federal, foram compilados em um infográfico.
Confira os principais dados relativos aos microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas do Brasil:
Um levantamento do Sebrae confirma o que muitos consumidores já percebem no dia a dia: cada vez mais, as empresas estão utilizando os meios digitais para vender produtos e serviços. E entre os empreendedores de pequeno porte não é diferente. Quase metade deles (48%) afirma que já pagou para fazer propaganda nas redes sociais ou em outros canais da internet, aponta a 9ª edição da Pesquisa Pulso dos Pequenos Negócios, conduzida pelo Sebrae. As micro e pequenas empresas (MPE) são as que mais investem nesse tipo de divulgação, com 59%; já entre os microempreendedores individuais (MEI), a proporção dos que dizem reservar parte dos seus recursos para promover as vendas no meio digital é de 39%.
O estudo indica ainda que a proporção de pequenos negócios que vende utilizando qualquer tipo de ferramenta digital mantém-se na casa dos 70%, analisando-se as três últimas edições da pesquisa. Neste levantamento mais recente, que entrevistou donos de pequenos negócios de todo o país no período de 25 de novembro a 17 de dezembro de 2024, setores como indústria alimentícia, serviços pessoais (como diaristas, cuidadores, chaveiro e profissionais de reparos, por exemplo), saúde, educação e economia criativa lideram o ranking das atividades que mais injetam recursos em propaganda paga nos meios digitais.
Outro recorte importante da Pulso mostra que a energia dos empreendedores está aplicada em um ambiente virtual em particular: o das redes sociais, com destaque para o Instagram que, com 60% da preferência dos entrevistados, ultraou o Facebook, cujo desempenho caiu de 40% para 34%, ficando em segundo lugar na lista de canal mais utilizado pelos empreendedores. O WhatsApp ainda é o favorito dos empresários, com 81% de votos na pesquisa. Cada entrevistado podia indicar mais de um canal que utiliza.
“Percebemos que o legado da pandemia é a digitalização das empresas. O Instagram aumentou a sua participação no e-commerce nos últimos três anos, ando na frente do Facebook, que detinha uma parte considerável dos empresários”, explica Kennyston Lago, analista de Pesquisa e Gestão do Conhecimento do Sebrae.
As plataformas digitais são um vasto campo de oportunidades. O avanço da tecnologia, o aumento da confiança do consumidor nas compras on-line e o crescimento de soluções financeiras íveis impulsionarão ainda mais esse setor nos próximos anos.
Kennyston Lago, analista de Pesquisa e Gestão do Conhecimento do Sebrae.
Como melhorar as vendas on-line
Para melhorar ainda mais a presença do pequeno negócio no ambiente digital, o Sebrae orienta investir em presença estratégica nas redes sociais, reforçar a logística das entregas para proporcionar uma experiência positiva ao cliente e manter-se sempre atualizado em relação às melhores práticas do mercado voltadas ao marketing, gestão e vendas.
O Sebrae garante o o a uma série de conteúdos que possibilitam ao pequeno negócio se inserir no mercado digital. São capacitações on-line, mentorias, consultorias e cursos voltados para a gestão de negócios digitais. Confira aqui.
Confira os principais dados 9ª edição da Pesquisa Pulso: